Muita gente vive preocupada com o que os outros supostamente sentem ou pensam - ou vão pensar - em relação a elas.
Um pouquinho de levar em consideração o que os outros podem estar pensando ou sentindo é conveniente; levar muito em conta a opinião deles é incômodo, desprazeroso, em geral inútil e muitas vezes prejudicial. Se alguém está nos criticando, um pouco pode ser por algo que fizemos; em geral, e muito, é porque esse alguém tem mesmo o hábito de criticar os outros.
O que as pessoas pensam de outra depende em grande parte da pessoa que pensa, mais do que do comportamento dessa outra pessoa.
Se alguém pintar seu cabelo de verde, os que tem o gosto e o habito de censurar dirão “Que esquisito, que louco!”.
Alguém de personalidade mais equilibrada, mais capaz de avaliar globalmente o comportamento das pessoas, pensará “Interessante o cabelo dele pintado de verde; para o meu gosto ficou esquisito e feio, mas é problema dele”.
Talvez pense também um pouco mais, algo como “Por que será que ele pintou o cabelo com uma cor que não é muito usada?”.
O mesmo gesto, pintar o cabelo com uma cor pouco usada vai desencadear comentários díspares, em função da personalidade de quem comenta.
Não precisamos fazer algo de propósito para chocar os outros ou provocar; em algumas situações é prudente não contestar os mandantes e poderosos. Na maioria das vezes, podemos fazer o que temos vontade, sem magoar de propósito as outras pessoas; e escolher um comportamento porque nos agrada e não para chocar ou obedecer os outros.
Dizendo o óbvio, nós somos nós, os outros são os outros.
Eles façam o que lhes agradar, nós fazemos o que é do nosso agrado.
Além disso, é muito mais frouxo e agradável conviver com gente bem humorada e tolerante, que não gasta muito tempo criticando o o comportamento dos que estão perto.