Certas pessoas têm um mal estar frequente ou constante, remoendo lembranças desagradáveis ligadas a acontecimentos passados, se lamentando ou acusando de mau comportamento; ou mastigam preocupações elucubrando perigos mal definidos que possam vir a ocorrer no futuro.

É o que muitos chamam “angustia existencial”. Se examinarmos o conteúdo mental, nessa “angustia existencial” veremos um conjunto de lembranças e preocupações, que podemos examinar ordenadamente. Essas pessoas sofrem por motivos que não definem. Esses motivos podem ser examinados um a um. Veremos que muitos são absolutamente infundados.

 

Quanto ao passado, o hábito de se culpar por comportamentos passados em geral é injusto. O quanto a pessoa tenha feito de errado, não errou deliberadamente, mas por não conseguir avaliar a atitude certa a tomar; ou, se tinha uma certa noção de que comportamento seria o mais adequado, e não o escolheu, muitas vezes foi por estar sob a influencia de medos ou outras emoções, que pouco conhecia e não compreendia mas que determinavam suas escolhas.

Quanto a possíveis ocorrências no futuro, ficar remoendo também é ineficaz. O que pode ser muito proveitoso é a pessoa prestar atenção e definir quais são as suas preocupações para o futuro, quais situações desagradáveis podem de fato vir a ocorrer; a partir daí, pode examinar cada uma dessas possíveis situações para providenciar maneiras de evitar as desgraças que teme.

Especialmente é proveitoso conhecer as emoções. Não escolhemos uma atitude, não tomamos decisões a partir de ter feito raciocínios corretos. Nossas decisões são tomadas sob a influência das nossas emoções - emoções que em grande parte desconhecemos, estão no nosso "subconsciente" ou "inconsciente".