É claro que, assim como as pessoas, também os terapeutas são diferentes entre si. Contudo, alguns dos procedimentos que adotam têm que ser semelhantes.

Independente da orientação teórica que prefira como fundamentação do seu trabalho, todo terapeuta tem que coletar informações. Precisa conhecer o seu paciente e o problema de que ele está sofrendo e formular um plano de tratamento; deve também fornecer alguma informação para o paciente (e familiares se estiverem junto) sobre a opinião que formulou - que é a hipótese diagnóstica - e como pensa que deva ser o tratamento, um plano de tratamento, mesmo provisório e sujeito a reformulações.

O estilo de cada terapeuta varia na forma  que ele costuma usar  para obter as informações de que necessita. Contudo,  ao fim da avaliação, ele deve ter uma hipótese bem estruturada de qual seja  a causa – ou as causas – dos sintomas do paciente. Para essa avaliação inicial podem ser necessárias apenas uma consulta ou várias.

O psiquiatra tem que saber o motivo da consulta – qual o mal-estar ou problema que motivou a marcação da consulta. Alguns pacientes perguntam sobre  um roteiro a seguir. O psiquiatra pode dizer ao  paciente que fale o que desejar e que ele, psiquiatra, perguntará depois o que mais considere  necessário.

O psiquiatra formulará uma hipótese diagnóstica  e  talvez solicite outros  procedimentos de investigação que pense necessários. Reunidas todas as informações, ele  vai sugerir então um Plano de tratamento.

Um resumo do relato e das informações do paciente, da hipótese diagnóstica e do plano inicial de tratamento serão transcritos para a ficha de cada paciente, escrita em papel ou no computador.