Estudar de maneira proveitosa requer algumas regras.
Podemos eventualmente guardar na memória uma informação simples a partir de ter ouvido ou lido essa informação apenas uma vez; não temos capacidade cerebral para memorizar um conjunto de várias informações a partir de uma única vez de contato com a informação.
Essa é a situação de estudantes em geral. Para guardar na memória um conjunto de informações quando estão estudando é necessário que leiam três ou quatro vezes a matéria.
A primeira leitura serve para tomar contato com a matéria ou identificar no texto tópicos que tenham sido expostos pelo professor em aula.
Uma segunda leitura serve para a compreensão melhor do assunto. É muito difícil poder guardar um conteúdo se ele não foi compreendido pelo leitor, passando a fazer parte de um conjunto lógico e coerente de informações, em vez de apenas um aglomerado de dados desconexos.
Conseguida essa compreensão da matéria, uma terceira leitura serve como começo do armazenamento dos dados nas estruturas cerebrais da memória.
Uma quarta leitura funciona como um complemento para a consolidação do aprendizado.
Ora, para que um aluno consiga ler quatro vezes um conteúdo, para ter o tempo suficiente para isso, é necessário que o conteúdo não seja demasiado extenso.
Isso é crucial no caso de alunos no nível do ensino superior, que tem várias matérias para aprender a cada semestre. Não adianta manusearem livros ou tratados muito extensos, que não possam ler várias vezes durante o semestre. Numa faculdade com seis ou oito matérias no currículo a cada semestre, o aluno terá que ter seis ou oito livros (ou outra fonte de informações) que não poderão ser muito extensos.
Encontramos muitos estudantes dedicados que utilizam horas e mais horas ao estudo sem um aproveitamento proporcional ao seu esforço; muitos deles estão sofrendo, por se darem conta que aprendem pouco apesar do muito tempo que dispendem no estudo.
Pensam que são burros, em vez de apenas compreenderem que seu simples erro é gastar o tempo em compêndios muito volumosos; esses compêndios volumosos poderão talvez servir como livro para consulta no seu exercício profissional anos mais tarde, são contraproducentes nas mãos do aluno.
Por outro lado, na época atual, com computação e internet, ficou muito mais fácil, se obtêm “online” informações adequadas.